Little Mac está de volta! |
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"Super Mario Bros.", "Metroid" e "Legend of Zelda" são exemplos máximos disso, mas a empresa japonesa conta com muitas outras séries de sucesso que surgiram nessa época, cativando milhares de jogadores.
Dentre elas está "Punch-Out!!", game de boxe que nasceu nos fliperamas e posteriormente migrou para o NES. À época, o cartucho contou com a inusitada inclusão de Mike Tyson como último chefe, aproveitando a fama do pugilista campeão mundial que então despontava como um grande nome do esporte.
Nem os escândalos pessoais de Tyson tiraram o brilho da série que reapareceu em 1994 no Super Nintendo com "Super Punch-Out!!", título que aprimorou imensamente todos os aspectos do jogo.
Contudo, lá se foram quinze anos sem uma nova aparição oficial do boxeador Little Mac (salvo breves aparições em alguns jogos, como "Super Smash Bros. Brawl").
Finalmente, a Nintendo dá nova chance ao rapaz no Wii em um game que não hesita em se apoiar na glória nostálgica e traz poucas novidades, mas mesmo assim consegue cativar os fãs do passado e trazer charme o bastante para cativar um novo público.
Nova cara para velhos socos
Velhos desafiantes estão de volta |
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Cada um dos treze desafiantes dispõe de um repertório limitado de ataques, todos precedidos de alguma animação ou ruído característico que indica como revidar. A graça reside justamente em assimilar o quanto antes esses padrões e então colocar em prática um plano de ataque para nocautear o oponente.
Little Mac pode socar na barriga ou rosto do adversário, esquivar para os lados e para baixou ou então defender em cima ou embaixo. Nada mais. Continua presente a habilidade de desferir um soco especial, mas aqui a mecânica foi mudada em relação àquela vista em "Super Punch-Out!!", aproximando-se mais do jogo da era 8-bits - algo que ocorre muito também em outros departamentos.
Em certos momentos da luta o oponente brilha, caso o acerte neste instante se ganha uma estrela que habilita o super soco. Pode-se acumular até três estrelas e quanto mais tiver mais potente será a investida. No SNES havia uma barra que se enchia conforme Little Mac acertava socos e esvaziava ao apanhar - esquema que valorizava muito mais a habilidade do jogador. Apesar de o novo sistema de estrelas possuir certa dose de estratégia, incentivando ousadia para atacar em momentos diversos, fato é que há um desequilíbrio e por vezes é muito difícil conseguir um soco especial, complicando desnecessariamente algumas lutas.
Doc Louis dá as dicas para se dar bem |
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Variedade predomina também nas opções de controle. A configuração básica exige usar o Wii Remote sozinho e virado de lado, como o controle de NES, e os comandos são quase exatamente como no videogame 8-bits: direcional move Little Mac, botões 1 e 2 socam e o botão A desfere o golpe especial.
Como se trata de um jogo de boxe para Wii, não seria um serviço bem feito se não contasse com opção de desferir cascudos com os próprios punhos. Com a combinação Wii Remote + Nunchuk isso é possível, movimentando os controles, mas faltou polidez ao trabalho já que a resposta aos comandos é lenta e imprecisa. Nos primeiros embates até dá para brincar, mas eventualmente o game exige uma rapidez de resposta que ele mesmo não permite ter - aliás, vale o mesmo ao usar a balança Wii Balance Board, que pode ser usada para fazer Little Mac esquivar.
Humilde, mas bem feito
Outro elemento que permanece inalterado é o bom humor do jogo. Os personagens são todos de visual caricato, cheios de trejeitos e falas engraçadas. Os gráficos contam com o chamado filtro 'cel shading', que confere aspecto de desenho animado, e a direção de arte brilha ao apresentar figuras hilárias e bem animadas.
Pena que o mesmo não vale para os cenários, um bocado carentes de detalhes. Felizmente isso não pesa tanto no final das contas, visto que o foco são os lutadores.
Música e efeitos sonoros seguem o coro: simples, porém certeiros na nostalgia. A nova versão do tema título se faz presente a todo o momento em várias formas - quase tão grudenta e empolgante quanto o tema dos filmes de Rocky Balboa - e os sons durante as lutas remetem diretamente aos games de Nintendinho e Super Nintendo.
Outro elemento que ecoa fortemente o passado: a seleção de lutadores. Há um total de treze pugilistas, sendo apenas um inédito - o dançarino Disco Kid. Ícones e favoritos como Glass Joe, King Hippo, Bald Bull e Mr. Sandman aparecem e agradam, mas não deixam de ser poucos lutadores. A última edição, "Super Punch-Out!!", conta com nada menos que 20 desafiantes - ter menos na edição de Wii soa como retrocesso.
Little Mac em carne e osso |
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As opções de treino e exibição são novidades para a série. O primeiro não faz nada além do básico - apenas praticar contra os adversários do ringues - ao passo que o segundo é interessante pois introduz desafios específicos para cada combate que exigem conhecer profundamente a mecânica de jogo a fim de serem batidos.
Outra inclusão é o modo multiplayer, que infelizmente não faz jus à promessa que carrega. A tela dividida incomoda e deixa as batalhas confusas, sem o mesmo charme das lutas roteirizadas do modo carreira. O único atrativo aqui é ver uma versão super musculosa e brutal de Little Mac, convenientemente apelidado de Giga Mac
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